“O bolso é a parte mais sensível do corpo humano” (Autor Desconhecido)
Salvando seu bolso, o consumidor salva também a sua cidadania. Segundo estudiosos da psicologia do consumidor, apenas 20% das compras ou contratação de serviços são realmente imprescindíveis. Os outros 80% são realizados por motivos ou situações diversas – impulsos incontroláveis, ingenuidade, influência da propaganda e até problemas de comportamento, como a compra por compulsão – que fazem com que o consumidor acabe gastando mais do que o necessário.
Planejar, pesquisar, informar-se, negociar, economizar são hábitos que o consumidor precisa desenvolver se quiser evitar problemas e ter uma vida mais tranquila. Essas atitudes não são válidas apenas para tornar melhores as relações de consumo, mas para aprimorar as posturas diante da vida.
O varejo sempre se utilizou de instrumentos do marketing para ampliar suas vendas e conquistar novos consumidores. A BLACK FRIDAY é um dos dias mais aguardados no ano por lojistas e consumidores. Ele teve origem nos Estados Unidos e o evento acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças e hoje é adotada em vários países do mundo, como no Brasil.
Desejo ou necessidade? Se você responder esta pergunta dizendo que é necessidade, aproveite as ofertas e vá as compras. Mas se a resposta for um desejo, vá com todo o cuidado. A Black Friday está chegando e muitas ofertas imperdíveis aparecem na timeline das redes sociais e nos e-mails, diversas promoções incríveis estão fixadas nas vitrines e o sentimento que surge é o de que “não posso perder essa oportunidade”.
Sem dúvidas, esse é um ótimo momento para realizar aquela compra que se vem pesquisando há tempos, desde que o valor anunciado esteja mais baixo que o normal. Agora, como saber se “o que estou comprando é uma legítima promoção de Black Friday se eu não estive acompanhando os preços do produto que estou cobiçando”? O site zoom.com.br é uma boa fonte de pesquisa, pois nele é possível identificar a variação de valores do produto nos últimos 6 meses.
Um ponto a se considerar é a real necessidade dessa compra: “não estou agindo por impulso”? Uma boa forma de avaliar se é ou não impulso, é não comprar na hora, esperar passar, pelo menos, 30 minutos e se a compra cair no esquecimento significa que se tratava de um desejo passageiro.
Vale destacar que é fundamental ter muito cuidado para não cair em enrascadas, ou seja, comprar produtos de sites fraudulentos ou clicar em links maliciosos que podem roubar seus dados pessoais. O Procon de São Paulo apresenta uma relação de sites que devem ser evitados em https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php. Contudo, deve-se ficar atento, pois é muito fácil criar e colocar um site no ar. Pesquise também no site www.reclameaqui.com.br e confira se há informações sobre a loja ou site. Se não encontrar nada, desconfie também.
Para ficar ainda mais por dentro do assunto, confira o material que o Procon RS preparou com dicas para ajudar os consumidores a passarem ilesos pela Black Friday: https://www.procon.rs.gov.br/dicas-do-procon-rs-para-compras-na-black-friday
Zenar Eckert é Consultor Financeiro e Executivo da Plena Projetos de Vida